sobreviver o Holocausto

“Auschwitz... você via gente, matou... ela tava perto de mim, matou. Quando começaram contar, selecionar de manhã (tzeilapél), tocava sino, todo mundo correu, parece soldados, sabe? Tem que ficar na hora. Aí se alguém deu risada, se alguém falar “ai que frio”, tava frio, neve, e a gente só com aquela camisola. Aí eles mataram.

Podia ser isso normal? Pra que? Por que? Que que eu fiz?

Você leu Anne Frank? Ela tava escondida, eu também tava escondida, mas impossível de se esconder. Comida não rendia, povo ficava doente, tinha tifos, outro dia isso e não tinha médico. Não adiantava ficar no bunker”.